quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

SOBREVIVENTE


Raquel Rocha

Quando esta coisa,
outrora tão estável, balança...
E todo chão firme,
outrora meu sustentáculo,
sai de debaixo dos meus pés...

Quando meu mundo,
outrora tão seguro, desmorona...
E tudo aquilo que eu jurava
- É terra firme –
Não passa de utopia...

Quando a tormenta abate o coração
fazendo-o contorcer,
estalar cada ligadura,
deixando fluir todo temor
da alma que é simplesmente frágil...

Então lhe ocorre um pensamento:
preciso reunir forças, muitas forças...
Não importa muitas coisas.
Posso perder quase tudo.

Mas preciso sobreviver!

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